Nem todo monstro merece um retorno triunfal. Enquanto os fãs aguardam ansiosamente Monster Hunter Wilds, uma pergunta paira no ar: quais criaturas realmente mereceriam ficar no esquecimento? Hoje vou compartilhar uma análise polêmica sobre os cinco monstros que, sinceramente, poderiam permanecer nas sombras do passado.
Se você for um caçador veterano como eu, vai entender que nem tudo que reluz é ouro na franquia. Algumas caçadas são mais exercícios de paciência do que momentos de diversão genuína - e é sobre isso que vamos falar hoje.
Rajang: O Macaco que Transformou Caçadas em Maratonas
Vamos começar falando sobre aquela aberração simiesca que já foi interessante nas primeiras horas de jogo, mas rapidamente se transformou em uma das experiências mais frustrantes da franquia: o Rajang.
O que torna o Rajang tão irritante? Simples: ele transformou o conceito de “caçada” em uma sessão de cardio. Nada me tira do sério mais do que um monstro onde 90% da luta é perseguir a criatura e apenas 10% de combate real. A mecânica dele segue o mesmo padrão previsível - você corre atrás do macaco por minutos intermináveis só para conseguir encaixar uns poucos golpes.
E não importa qual versão do Rajang estamos falando - seja nas gerações antigas ou nas novas - todas as caçadas acabam virando uma perseguição estilo Scooby-Doo. Sim, o conceito dele comer chifres de Kirin para se transformar numa espécie de Super Sayajin 3 é fantástico na teoria, mas isso não compensa o fato de você passar a maior parte da caçada olhando para… bem, as partes traseiras dele.
A mecânica de endurecimento dos braços quando está enfurecido só piora tudo, fazendo suas armas ricochetearem e criando janelas de frustração prolongada. Existem macacos muito melhores no universo de Monster Hunter, como o lêmure com orelhas grandes ou o gorila granada de Wilds.
Kushala Daora: O Dragão Ancião que Decepciona
Falemos agora sobre uma decepção metálica: o Kushala Daora. Quando ouvi pela primeira vez que havia um dragão de metal em Monster Hunter, fiquei extremamente empolgado. Depois, veio a realidade: um monstro cuja principal estratégia é soltar redemoinhos de vento que mais parecem versões adultas de flatulência.
Kushala Daora é o exemplo perfeito de aparência incrível, mas gameplay medíocre. Um clássico caso de expectativa versus realidade. Se ele retornar em Wilds, minha esperança é que seja com uma variante completamente remodelada ou uma subespécie, porque caçar o Kushala regular é como torturar um idoso - desconfortável para todos os envolvidos.
Dodogama: Amado Demais Para Ser Caçado
Aqui está a parte mais controversa: não quero ver o Dodogama novamente. Não por odiá-lo - pelo contrário. Esse adorável comedor de pedras é simplesmente fofura demais para ser caçado.
O Dodogama é um exemplo daquelas criaturas que são tão carismáticas que você se sente culpado por machucá-las. Com seus olhos grandes e expressão de quem não tem um único pensamento na cabeça, é difícil justificar uma caçada contra ele. Ele apenas come pedras e vive sua vida pacata.
Além disso, vê-lo sendo intimidado por outros monstros maiores no Elder’s Recess, especialmente quando o Deviljho o utiliza como brinquedo mastigável, é simplesmente cruel. Não quero bani-lo porque o odeio, mas porque o único lugar onde ele estará verdadeiramente seguro é em nossas memórias. Isso sem mencionar que a luta em si não é nada excepcional.
Lagombi: O Coelho Que Nos Faz Correr na Neve
Se tem algo pior que correr atrás de um macaco, é correr atrás de um coelho em terreno nevado. O Lagombi sofre do mesmo problema do Rajang, mas com um agravante: ele aparece muito cedo no jogo, quando você ainda não tem recursos para lidar com monstros escorregadios.
Essa lebre deslizante transformou caçadas iniciais em verdadeiras maratonas na neve. Quando você enfrenta o Rajang, geralmente já está no final do jogo, com armadilhas e armas mais poderosas. Com o Lagombi, você é forçado a perseguir esse pequeno demônio deslizante desde a primeira hora.
Para completar, todo seu equipamento tem um visual “fofo” que não compensa o esforço despendido na caçada. Nem vou mencionar o Snow Baron, variante que elevou a frustração a novos patamares.
Jyuratodus: O Pior Monstro da Franquia
Chegamos ao grande campeão de mediocridade. O Jyuratodus é simplesmente o pior conceito de monstro que já apareceu em Monster Hunter. É difícil entender o que passou na cabeça dos desenvolvedores quando decidiram criar um peixe que nada na lama.
O que torna o Jyuratodus tão detestável? Tudo. Desde seu habitat pantanoso que atrapalha a mobilidade até seus projéteis de lama que sujam a tela. É uma luta entediante, sem graça e frustrante.
O mais inacreditável é que o Jyuratodus não é nem mesmo o monstro original com esse esqueleto. Ele é uma versão inferior do Lavasioth, um peixe que nada em lava - um conceito muito mais interessante. Parece que alguém olhou para o Lavasioth e pensou: “E se fizéssemos uma versão pior?”
Logo após o lançamento do Jyuratodus no jogo base, a equipe percebeu o erro e nos presenteou com o Beotodus em Iceborne, uma versão muito mais divertida e bem executada. O equipamento do Jyuratodus é igualmente decepcionante, com visual genérico e sem graça.
É difícil encontrar um único caçador que defenda o Jyuratodus como uma luta divertida e bem projetada. E se existe, provavelmente está jogando o jogo errado.
A verdade é que Monster Hunter Wilds tem a oportunidade de reintroduzir monstros que realmente importam, que trazem mecânicas interessantes e caçadas memoráveis. Esses cinco monstros, no entanto, poderiam facilmente ficar no passado sem que ninguém sentisse falta.
O que você acha? Concorda com essa lista ou há algum monstro que você gostaria de ver banido do retorno em Wilds? Comente abaixo e vamos debater! +++